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terça-feira, 24 de julho de 2018

ÈWÉ EW'WSUGU


Nome popular: Feijão-fradinho

Nome cientifico: Vigna ungiculata(L.)Walp.Fabaceae (Leguminosae)

Sinonimo: 
Vigna sinensis(L.)Savi ex Hassk.Ssp sinensis
Òrìsà: Òsányìn 
Elemento: Terra/ feminino
Originário da África, o feijão fradinho foi introduzido no Brasil na época da colonização.Cultivada em grande escala no nordeste e possuindo grande valor comercial, esta leguminosa é largamente utilizada na cozinha nacional.
Na culinária litúrgica dos candomblés, o feijão fradinho é usado em vários tipos de oferendas, dentre as quais destacamos:
Ekurú: Massa preparada com a polpa do feijão-fradinho, moída e misturada com cebola ralada, envolvida em folha de bananeira e cozida no vapor. Oferece-se a Oxalá.
Abará: Feito com a mesma massa do ekurú misturada a azeite-de-dendê, camarão seco, cebola ralada e sal, também acondicionado em folhas de bananeira e cozido no vapor. Esta iguaria é oferecida a Ogum, Oxum, Oiá e Nanã.
Acarajé: Prepara-se com a mesma massa do ekurú misturada a azeite-de-dendê, temperada com sal e cebola ralada. Fritam-se as porções no azeite de dendê. Este prato é predileto de Oiá, porém Xangô, Ogum, Oxum e Ibejeije também apreciam esta iguaria. Para Xangô-Airá o acarajé é frito no azeite de oliva.
Omolocum: Deixa-se o feijão-fradinho cozinhar até ficar bem mole. Prepara-se um refogado com azeite-de-dendê, camarão seco e triturado, cebola ralada e sal. Acrescenta-se o feijão cozido, mexendo bem até formar uma consistência pastosa. Coloca-se em uma vasilha de louça e enfeita-se com ovos cozidos. É uma das comidas prediletas de Oxum.
O feijão fradinho torrado é oferido a Ogum, e no amalá de Xangô-Airá incluem-se grãos descascados deste feijão.
Como sucedâneo do feijão-fradinho, a massa básica do abará e do acarajé pode ser preparada também com a polpa do feijão-mulatinho(phaseolus vulgaris Sch.), pois este é considerado como tendo o mesmo sabor e consistência.
Utilizado pelos iorubás como alimento e na liturgia dos orixás, na África, é conhecido pelos nomes erèé ahun, èwà, èwà funfun, èwà dudu e èwà erewe(Verger 1995:735).
Do mesmo modo que vários outros tipos de feijão, este é empregado nos casos de anemias devido ao seu alto teor de ferro.
fonte:
Livro "Èwé' Òrìsà - Uso litúrgico e terapêutico dos vegetais nas casas de Candomblé' Jeje-Nago". 
Escrito pelo Olossayín José Flávio Pessoa de Barros e por Eduardo Napoleão.
Editado pela Betrand do Brasil, o livro aborda, entre outros aspectos, as substituições e adaptacoes feitas pelos escravos ao chegarem ao Brasil e nao encontrarem as ervas que utilizavam anteriormente.
José Flávio Pessoa de Barros é coordenador do Programa de Estudos e Pesquisas sobre Religiões - PROEPER/Uerj.
Antropólogo e pesquisador das religiões afro-brasileiras, especialmente o candomblé. 
Estuda os rituais, simbolismos, identidades e músicas sagradas dos terreiros.
A partir de sua Tese de doutoramento Bahia , FFLCH/USP, 1983





terça-feira, 28 de março de 2017

Abo Ògánwó

Fava da Osun
Nome Yorubá- Abo Ògánwó

Nome científico – Carapa Procera D.C., Meliaceae, Carapa guianensis Aubl. Sinonímia: Carapa latifolia Willd.; Xylocarpus carapa Spreng.; Carapa macrocarpa Ducke.

Nome popular – Andiroba, Fava-de-Oxum, Andiroba-saruba, Iandirova, Iandiroba, Carapá, Carapa e Nandiroba, no Brasil; Cachipou e Noix de Crab, na Guiana Francesa; Carapa Tree, em inglês; Carapo, na ilha de Trindade.

Considerações: A Andiroba é comum nas várzeas da Amazônia. Velha conhecida dos indígenas, dos caboclos e dos madeireiros, começa a ganhar fama internacional pela comprovação científica de algo que os nativos sabem há muitas gerações: o bagaço da castanha, quando queimado, solta uma fumaça que tem o poder de repelir mosquitos. Alguns produtos sob a forma de vela estão sendo comercializados como um repelente natural. 
Desde a época do Descobrimento do Brasil, o óleo de andiroba era empregado pelos índios Mundurukús como ingrediente na mumificação das cabeças dos inimigos, que serviam de troféus de guerra. Hoje, o óleo é medicamento usado para muitos males, principalmente como linimento contra pancadas e anti-inflamatório, contra dores de garganta. 
As sementes privadas das cascas produzem 70% de óleo amargo e concreto, amarelo-escuro e muito espesso.

Descrição : Planta nativa da América do Sul. Os frutos produzem várias sementes que são alimento de vários animais. É uma árvore grande, que mede até 30 metros de altura, apresentando uma casca cinzenta e grossa. As folhas são imparipinadas ou abrupto-pinadas, grandes, de até 1 metro de comprimento ou mais, composta de numerosos folíolos subopostos, elíptico-oblongos, inteiros, acuminados e glabros. As flores são pequenas, amarelas, vermelhas e axilares. O fruto é uma cápsula ovóide semi-globosa, lenhosa, pardacenta, 4-vulvar, contendo número variável de sementes vermelhas, coriáceas e quase lenhosas, convexas, angulosas ou irregularmente tetraédricas, achatadas lateralmente
Uso Ritualístico: Planta associada a Oxum. As sementes são utilizadas em assentamentos e em jogos de búzios por algumas pessoas. As folhas são utilizadas em banhos e sacudimentos.

Elementos: Água / Masculino

Uso em Ifá; É apenas citada como planta de Ifá.

Outros nomes yorubá: Èfù ìyá, abo ògànwó (Verger 1995:644)




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