HitLeap - Website Traffic EWE ERVAS SAGRADAS / HERBES / HERBO : agosto 2017

terça-feira, 22 de agosto de 2017

AS DIFERENTES FOLHAS DA FAMÍLIA KALANCHOE


Há uma enorme variedade de gênero, poderíamos dizer, o fato de chamarmos o Saião com o nome de sua irmã folha da , àbámodá         não  corrompe medicinalmente a função de ambas, mas sim a função litúrgica.

Originária  da regiões tropicais Asiática introduzida na América tropical, ocorrendo território nacional.
Em Ilè-Ifè, terra de Ifá, em território Yorùbá no sudeste africano, nas cerimônias para Obatalá e Yemowo, após os sacrifícios, as imagens desses òrisás são lavadas com uma mistura de folhas, sendo uma delas o àbámodá (Verger 1981:255), que também é conhecida pelos nomes Yorùbá èwè erú òdúndún, èwè kantí-kantí e èwè kóropòn (Verger 1995:641.
Ábámodá segundo Dalziel (1948:28), em dialeto Yorùbá significa “o que você deseja, você faz” e em outras traduções “Seus desejos vem fácil”; todavia, quando chamada de erú òdúndún (escravo de Oodúndú) é considerada como folha subordinada e afim, que pode eventualmente substituir o òdúndún (Kalanchoe crenata(Andr.)Haw), segundo a cosmovisão jeje-nagô.
a tradição africana de que ela pertença aos Òrìsà, Jinkisis e Voduns – funfun = Os òrísá brancos da criação (originais), pois quando é um vegetal usado para vários òrisás é porque, com raras exceções, normalmente ele está ligado a Ifá ou Òsálá.

característica dessa planta, é  muitos brotos nas bordas  das folhas, que se associa  a prosperidade.

Nos rituais de iniciação, àgbo, banhos purificatórios, sacralização dos objetos rituais dos òrísá, lavagem dos búzios e das vistas e para assentar Èsù.

Sua representante em solo Brasileiro  é o saião "Òdúndún".

A falta de conhecimento científico  e literário sobre determinadas ervas, trazida de outros  continentes, adaptadas ao seu culto local.



domingo, 20 de agosto de 2017

ÈWÉ ÌMU

Nome popular: Erva-do-sapo.
Nomes Científicos: Begonia pilgeriana Irmsch.
Orisás: Iemanjá, Osalá e Nanã.
Elementos: Água/feminino.
Planta de origem brasileira, ocorrendo em quase território nacional, principalmente e com mais abundância nas regiões úmidas do Nordeste e Sudeste. É uma planta muito delicada, e por sua beleza é freqüentemente cultivada em jardins.
Utilizada nos rituais de iniciação, banhos purificatórios e na sacralização dos objetos rituais de iniciação dos orixás, é considerada por muitos uma planta exclusiva de Iemanjá; porém, existe discordância, pois alguns a atribuem a Oxalá ou Nanã.
A folha, quando mastigada, tem sabor azedo, porém agradável, sendo indicada no combate ao catarro da bexiga, diarréias, disenterias, escorbutos e sapinho de recém-nascidos.


ÈWÉ GBÒRÒ AYABA

Nomes Populares: Salsa da praia, Kissaj á, Salsa-brava, Salsa-pé-de-cabra.
Nomes Científicos: Ipomoea pes-coprae (L.) R. Br., Convolvulaceae; Convolvulus pes-caprae L.; Convolvulus brasilliensis L.; Ipomoea brasilliensis (L.) G.F.W. Mey; Ipomoea biloba (Roseb.) farsk.
Orisá: Iemanjá.
Elementos: Água/feminino.
Planta rasteira nativa da América tropical, encontra-se hoje introduzida no continente africano. No Brasil ocorre com freqüência nos litorais das regiões norte ao sudeste. Kissmann (1992:572-II) diz que esta é uma "planta muito parecida com a de Ipomoea asarifolia. A literatura cita que uma diferença fundamental está no formato das folhas que, em Ipomoea pes-caprae, têm o ápice bilobado, lembrando um pé de cabra". Todavia, estas espécies se confundem, sendo às vezes difícil sua identificação, pois costumam ocorrer variações tanto nas folhas quanto nos frutos.
Embora pertencendo a Iemanjá, esta planta é utilizada para todos os orixás, pois tem uma importância significativa nos rituais de iniciação. sua folhas estão ligadas ao culto do orí (cabeça) quando se reverencia Iyá Orí, um dos títulos de Iemanjá, que literalmente significa a mãe das cabeças.
Verger (1995:683) classifica este vegetal como Ipomoea asarifolia (Ders.) Roem & Schult, e atribui-lhe os nomes iorubás tutúù, fenumónu, olúkànb e o mesmo nome utilizado no Brasil.
A raiz da salsa-da-praia possui propriedades drásticas, e as folhas são empregadas nos casos de reumatismos, nevralgias, catarros crônicos e blenorragias.


ÈWÉ JOBÓ e LÀTÓRIJÉ

Nome popular: Sambacaitá, macaé, mercúrio-do-campo, poejo-do-brejo, canudinho.
Nome científico: Hyptis pectinata (L.) Poit.
Orisá: Osalá.
Elementos: Ar/feminino.
Descrição:
Erva ou subarbusto, ereto, 1-2 m de altura, ramificado, piloso; caule e ramos quadrangulares, cinza-esverdeados. Folhas opostas; lâmina 1,0-2,5 x 0,8-1,6 cm, oval ou oval-elíptica, ápice agudo, base obtusa ou obtuso-truncada, margem serreada ou crenada; pecíolo 0,5-1,0 cm. Inflorescências terminais, em panículas espiciformes densas, 60-100-flores; ráquis longa, 20-50 cm de comprimento. Flores curto-pediceladas, ca. 1,0 mm compr., protegidas por brácteas 2-4 mm, filiformes. Cálice 2-3 mm, tubuloso, inflado, glabrescente; 5-lacínios, subiguais, ca. 1 mm. Corola alva a rósea, bilabiada, lábio superior 4-laciniado, lábio inferior cimbiforme; tubo estreito > 1 mm, 1-2 mm comprimento; 4-estames, anteras bitecas, transversais. Fruto ca. 1,0 mm, esquizocárpico, separando-se em quatro núculas, estreitas, oblongo-ovóides, finamente rugulosas, mucilaginosas. (BASÍLIO et al. 2006)
Hábitos, ecologia:
Planta tipicamente ruderal, de caule bastante elongado, ereto, cresce em áreas campestres e antrópicas, em grande parte do território nacional. É amplamente empregada na medicina popular, com várias formas de usos e vários males nos quais a planta é prescrita. Suas inflorescências abundantes em diminutas flores são muito visitadas por pequenas abelhas, como a jataí, servindo como planta forrageira para esta espécie. Os frutos liberam 4 diminutas sementes dispersas por autocoria ou anemocoria. Pode ser cultivada para usos medicinais e conciliar sua cultura com meliponicultura, podendo haver um futuro promissor para esta planta.
Usos:
Medicinal: As inflorescências, quando secas, são usadas em forma de cigarro contra cefaléias e dores de dentes. O infuso é usado contra amenorréias e dismenorréias. As partes aéreas são indicado contra hepatalgias na forma de decocto. Considerada com propriedades carminativa e anti-reumática. Ainda na medicina popular é usada para tratar rinofaringite, congestão nasal e doenças de pele, problemas gástricos e febre; infecções bacterianas e fúngicas. É utilizada na inflamação, na dor e cicatrização de feridas. Os efeitos antiedematogênico e antinociceptivo foram comprovados a partir de seu extrato aquoso. Também foi comprovado seu efeito hepatoprotetor após hepatectomia parcial.


ÈWÉ ODÁN

Nomes populares: Cipó-cabeludo, cipó-peludo, erva-da-mamãe-oxum, erva-de-lagarto, erva-silveira, erva-silvina, erva-teresa, estanca-sangue
Nome científico: Microgramma vacciniifolia (Langsd. & Fisch.) Copel.
Orisás: Obaluaiê e Nanã.
Elementos: Terra/masculino.
De origembrasileira, esta polipodeácea medra em quase todas as regiões do país, principalmente em matas tropicais úmidas, onde é encontrada afixada nos troncos das árvores.
Embora não sendo propriamente um parasita, a erva-silvina é considerada como tal e está incluída entre os àfòmón, categoria que é atribuída a todos os vegetais que se utilizam de outros como substrato. Segundo a tradição jejê-nagô, este é um dos principais vegetais atribuídos a Obaluaiê, e “representa os fundamentos deste orixá com Nanã”, sua mãe mítica. É utilizado nos rituais de iniciação dos iaôs, no àgbo e em banhos de purificação.
Como fitofármaco, possui propriedades hemostáticas e adstringentes, sendo empregado para combater os males dos rins, bexiga, reumatismo, dores nas costas, varizes, perda de sangue pela urina e congestões sanguíneas.
Descrição
Plantas epífitas, raramente rupícolas. Caule longo-reptante, ca. 3 mm diâm., com escamas oval-lanceoladas, peltadas, ca. 7 mm compr., alvas, castanho-escuras na região de inserção, ápice filiforme, base auriculada, aurícula irregularmente arredondada, margem denteada; frondes dimorfas, 1,5-9 cm compr., distantes entre si; pecíolo ausente a conspícuo, estramíneo, 0,5 mm compr., escamoso; filopódio ca. 1 mm compr.; lâmina estéril oval, elíptica ou oblonga, 1-4 × 0,6-1,2 cm, coriácea, ápice arredondado, base cordada a cuneada, margem inteira, levemente ondulada, escamas dendríticas presentes sobre ambas as faces; costa com escamas iguais as da lâmina, densas ou esparsas; nervuras anastomosadas, livres apenas nas proximidades da margem, 1-3 séries de aréolas com 1 vênula inclusa nas aréolas costais, livres ou furcadas; lâmina fértil linear, 2,5-9 × 0,3-0,5 cm, coriácea, ápice obtuso, base atenuada, margem inteira, com escamas esparsas iguais às da lâmina estéril; nervuras anastomosadas, 1(-2) séries de aréolas com uma vênula inclusa, livre, exceto nas distais quando presentes, conspícuas. Soros medianos, dispostos em uma série entre a costa e a margem da lâmina; paráfises filiformes, pouco ramificadas; esporos reniformes, verrucosos (ASSIS, 2009, p. 238).
Característica
É facilmente reconhecida por seu caule longo, intensamente revestido por escamas e folhas dimorfas(as estéreis são ovadas e as férteis lanceoladas).


ÈWÉ AJÉ

Folha da riqueza.
Nomes Populares: penicilina, caaponga, anador, periquito-gigante, melhoral, terramicina, cabeça-branca, carrapichinho, carrapichinho-do-mato, ervanço, nateira, perpétua, perpétua-do-brasil, perpétua-do-mato, quebra-panela, sempre-viva.
Nome Científico: Alternanthera dentata
Orisás: Iemanjá e Ajé Saluga.
Elementos: Água/masculino.
Planta nativa das Américas, que ocorre em todo território brasileiro, tanto no campo quanto em beira de calçadas nas áreas urbanas.
Classificada como um vegetal gun (de excitação) e considerada “folha muito positiva” nos terreiros de candomblé, é utilizada para todos os orixás sem exceção, não devendo faltar no àgbo, nos banhos purificatórios e na sacralização dos objetos rituais dos orixás, pois acredita-se que esta erva tem o poder de “atrair coisas boas e positivas”. É empregada, ainda, na preparação de um pó (atin) que tem por finalidade atrair riqueza e prosperidade.
Não devemos confundir ewé ajé (ajé), a folha do feitiço, com ewé ajé ou ajejé (ajê ou ajejê), a folha do orixá da riqueza Ajé Saluga, pois, embora os nomes nagôs sejam muito parecidos, suas funções são antagônicas.
“Na farmacopeia popular as folhas são usadas como diuréticos.” (Kissmann 1992-II:27)
Uso esta planta rústica em grupos formando maciços e combinando com outras de tons variados de verde, amarelo e cinza. É uma opção perfeita para quebrar a invariabilidade dos verdes e a monotonia das paisagens monocromáticas, inclusive quando utilizada nos jardins verticais. Extremamente rústica cresce rápido em solos de baixa fertilidade, porém úmidos, incluindo aqueles acidentados e em declive. Seu crescimento é mais compacto se cortadas as pontas dos ramos periodicamente. Os nomes populares, tomados de remédios, aludem a seus possíveis efeitos analgésicos, diuréticos e digestivos.

ÈWÉ GBÈGI

Nome popular: Capim de burro.

Nome científico: Cynodon dactylon (L.) Pers.
Orisás: Sangô e Osun.

Elementos: Terra/masculino.

A origem dessa planta é duvidosa, mas sabe-se ao certo que é uma planta proveniente de região tropical ou subtropical, atualmente disseminada por todos os continentes.
Liturgicamente, é utilizada em banhos para as pessoas dedicadas a Sangô ou Osun, "com a finalidade de equilibrar a vida da pessoa". A sua característica de planta que prolifera nos campos e estradas, provavelmente por analogia, tem a finalidade de "dar bons caminhos às pessoas".
Na Nigéria, no culto aos orixás, esta gramínea é conhecida pelo nome iorubá koóko ìgbá (Verger 1995:659).


Como fitofármaco, freqüentemente as pessoas do interior utilizam raízes como diuréticas e antiabortivas.

ÈWÉ INÓN (FOLHA DE FOGO)

ÈWÉ INÓN (FOLHA DE FOGO)
Nomes Populares: Branda-fogo, Folha-de-Iansã, Pixirica, Anhanga.
Nomes Científicos: Clidemia hirta Ball., Melastomataceae; Clidemia crenata D.C.; Clidemia elegans Dun.; Melastoma elegans Aubl.; Melastoma hirtun L.
Orixás: Esu, Oyá e Sangô.

Elementos: Fogo/feminino.
Planta encontrada em vasta faixa do território nacional, principalmente no Nordeste e Sudeste.
Colhida pela manhã, antes do sol nascer, esta folha pertence a Oiá e Xangô, servindo para "banhos de descarregos e sacudimentos"; apanhada sob o sol do meio-dia, ela pertence a Exu e serve para fazer diversos sortilégios e malefícios.
Sendo uma planta muito conhecida da população rural, a folha-de-fogo é, também, utilizada medicinalmente contra palpitações do coração, afecções das vias urinárias e do aparelho genital, sífilis, erupções cutâneas, feridas rebeldes, moléstias da pele em geral e coceiras.



ÈWÉ MIMOLÉ

Nome popular: Brilhantina.
Nomes Científicos: Pilea microphylla Miq.
Orisás: Osalá e Osun.
Elementos: Água/feminino.
Planta herbácea, nativa da América tropical, encontrada em todo território nacional, cultivada e espontânea.
Embora seja uma planta facilmente encontrada, seu uso é pouco freqüente nas casas-de-santo; porém, é utilizada na composição de “banhos de proteção juntamente com outras folhas dos orisás”, sendo comum a reafirmação de não usá-la isoladamente, provavelmente pelo fato de tratar-se de uma urticácea; todavia, os batuqueiros do Sul do país utilizam esta planta com frequência em banhos de purificação para os filhos de Osun, e atribuem-lhe o nome popular de dinheiro-em-penca.

7ERVAS SAGRADAS

EWE KISIKISI

ORQUIDEAS