Nome popular: Salvia
Orixás: Oxalá
Elementos: ar/masculino/èrò
Terapêutica: chá: gripes e resfriados, febres, afecções leves do estomago, vômitos, escorbuto, corrimentos purulentos da uretra, cólicas menstruais, debilidades sexuais, antiabortivo, antidiabético e regulador da pressão.
Salvia Divinorum é uma espécie do gênero Sálvia, membro de uma família de plantas conhecidas como labiatae.
A menta é uma planta que pertence a esta família, assim como outras ervas conhecidas pela culinária mundial como, por exemplo, o orégano.
O nome botânico Salvia Divinorum significa "Sábia Divina". Tal nome se deve ao fato de que por centenas de anos, ela tem sido utilizada em cerimônias religiosas e de cura pelos Xamãs Mazatecas e vários registros descrevem que esses rituais louvavam a presença de uma entidade feminina ou deusa sábia.
Daí outros nomes pelas quais a erva é conhecida: Ska Maria Pastora, Yerba de Maria, The Shepardess, entre outros nomes.
Há fortes indícios de que a legendária erva Pipiltzintzintli, que os Astecas utilizavam em suas cerimônias rituais, há milhares de anos, era a Sálvia Divinorum.
Trata-se de uma planta vistosa, com folhas graúdas, e um verde magnífico, sendo perfeita para casas e jardins e pode ser plantada apenas por esse motivo paisagístico.
Mas a maioria das pessoas que cultivam esta planta estão interessadas em seus efeitos psicoativos. E entre as centenas de espécies de Sálvia existentes no mundo, a Salvia Divinorum tem uma particularidade: é a única que possui os agentes psicoativos Salvinorin A e Salvinorin B, as quais, comprovadamente, induzem estados alterados de consciência.
Pela existência dessas propriedades misteriosas, muitos pesquisadores se interessaram, entre eles o Dr. Albert Hofmann que, na década de 60, colheu informações, pesquisou e divulgou ao mundo este segredo, até então, guardado por alguns poucos xamãs.
O interesse pela planta decaiu diante das descobertas de substâncias sintetizadas em laboratório, como o LSD, entre outras substâncias ditas "psicodélicas", mas a partir da década de 90, voltou a despertar interesse, tornando-se hoje bastante conhecida no mundo ocidental.
Saliente-se, primeiramente, que Sálvia Divinorum não é, nem poderá ser considerada como LSD ou umalucinógeno legalizado.
Isto porque a planta possui uma substância psicoativa única em seu gênero, não podendo ser comparada a qualquer outra droga ou planta.
Muito menos ainda, poderá ser considerada um substituto legal para cannabis, nem para qualquer outra droga popular, como querem entender alguns.
Suas características como planta e seus efeitos no sistema nervoso central são absolutamente únicos.
Ainda é mistério para a ciência de que forma exatamente o elemento psicoativo principal, denominada "Salvinorin A", exerce influência no cérebro humano.
No entanto, já foi publicado recentemente um estudo científico afirmando que a Salvinorin A sensibiliza os denominados receptores opióides "Kappa" (sobre este assunto,verifique: Erowid).
Contudo, tal comprovação não pôe fim às inúmeras dúvidas e especulações dos cientistas acerca destes receptores e da substância psicoativa Salvinorin-A.
O estudo das substâncias que influenciam a mente e a percepção está cada vez mais intrigando os cientistas que, muitas vezes não prosseguem nestes temas por tabus e preconceitos sociais.
Caso algum dia você deseje utilizar a Sálvia Divinorum em suas práticas meditativas, leia antes o máximo de informação possível, não importando o quanto você "pensa" que seja experiente com drogas e substâncias.
A Sálvia Divinorum não é similar a nenhuma outra substância, existindo precauções indispensáveis para um uso seguro e adequado.
É extremamente importante informar-se sobre seus efeitos e seus potenciais perigos, antes de pensar em utilizá-la.
Informar-se muito bem a respeito de uma substância antes de ingeri-la é, antes de tudo, um ato de respeito consigo mesmo.
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