Aroeira
Elementos: terra/masculino/gùn
Terapêutica: anti-reumático, bronquites, feridas, tumores, inflamações, corrimentos, diarreias e gastrites.
Nome científico: Schinus terebinthifolius
Nomes Populares: aroeira, aroeira-vermelha, aroeira-mansa, aroeira-pimenta
Descrição Morfológica:
Árvore de 3 a 15 m de altura, possui tronco geralmente curto e tortuoso, com casca de coloração acinzentada, marcada por fissuras longitudinais estreitas. Suas folhas são compostas, alternas, imparipinadas, com 9 a 11 folíolos de textura e coloração variáveis, geralmente com margem serreada. Possuem ráquis alada entre os pares de folíolos. Os brotos jovens são avermelhados.
Flores e Frutos:
As flores são branco-amareladas e pequenas. Os frutos são drupas globosas, lisas, de coloração avermelhada. A floração ocorre entre setembro e março. Os frutos de coloração vermelha amadurecem de dezembro a junho e são muito procurados pela avifauna.
Características Ecológicas:
Pioneira a secundária inicial. Perenifólia, heliófila e muito rústica, adapta-se a distintas condições de drenagem e fertilidade do solo. Comum na vegetação secundária, em bordas de remanescentes e em florestas ribeirinhas. Tem um ciclo de vida longo e permanece nas florestas mais antigas. Amplamente disseminada por pássaros.
Ocorrência Natural:
Desde Pernambuco até Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. No Paraná ocorre em quase todos os tipos de vegetação. É particularmente comum na Floresta Ombrófila Mista Aluvial e nas Restingas Litorâneas.
Usos:
Muito ornamental para arborização de ruas e jardins. É melífera e atrai grande quantidade de aves. Seus frutos servem como condimento denominado “pimenta rosa”, muito apreciado no exterior. A madeira é resistente, adequada para esteios, palanques e mourões. Da casca produz-se tinta para tecidos. Os ramos são utilizados em tratamentos de doenças das vias respiratórias e urinárias. Usadas ainda como estimulantes dos órgãos digestivos, moléstias da pele e debilidade dos membros em geral.
Aspectos de Cultivo:
As sementes podem ser armazenadas mantendo sua viabilidade por mais de 8 meses. A germinação pode ocorrer entre 10 a 70 dias após a semeadura, apresentando poder germinativo entre 50 e 80%. As mudas podem ser plantadas no campo após cerca de 4 meses e seu desenvolvimento é rápido, podendo ultrapassar 4,5 m aos dois anos.
Bibliografia de apoio:
“Projeto Madeira do Paraná” (TAKAO, RODERJAN & KUNIYOSHI, 1984); “Árvores Brasileiras, Vol.1” (LORENZI, 1992); “Espécies Arbóreas Brasileiras, Vol.1” (CARVALHO, 2003); “Plantas Medicinais no Brasil” (LORENZI & MATOS, 2002); “Arvores do Sul” (BACKES & IRGANG, 2002); “Vegetação do Parque Estadual de Vila Velha” (TAKEDA & FARAGO, 2001).
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