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terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

IROKO

IrocoIroko ou Roko, do iorubá Íròkò é um orixá cultuado no candomblé do Brasil pela nação Ketu e, como Loko, pela nação Jeje.
Corresponde ao inquice Tempo na nação Angola ou Congo.
É um Orixá jeje, que após a dominação dos Iorubanos foi assimilado pelas outras nações.
Irôko está ligado a Árvore da Criação.
Irôko é um Orixá muito antigo.
Irôko foi à primeira árvore plantada e pela qual todos os restantes Orixás desceram à Terra.
Irôko é a própria representação da dimensão Tempo.
Irôko é o comandante de todas as árvores sagradas, o vanguardeiro, os demais Osa Iggi devem-lhe obediência porque só ele é Iggi Olórun, a árvore do Senhor do Céu.
De impulsos tempestuosos, apesar de suas Kantigas serem alegres.
Todos os Orixás são Tempo e o Tempo está em todos os Orixás.
Não está ligado ao dendezeiro e sim à gameleira.
Irôko Orixá não tem morada, mora no tempo.
É um Orixá que pertence aos elementos terra, fogo e ar, o que o torna bastante complexo, é responsável pela ligação e separação entre terra e céu.
É um Orixá ligado a cura da mesma forma que Obaluaiê.
Mas tanto cura como cria doenças como a leucemia e hemofilia.
Ajuda as mulheres a engravidar, mas também faz a menstruação aparecer fora de época.
Toda a criação está nos seus desígnios.
É o Orixá Irôko, implacável e inexorável, que governa o tempo e o espaço, que acompanha, e cobra, o cumprimento do Karma de cAda um de nós, determinando o início e o fim de tudo.
Irôko é o representante supremo do culto dos Iguis, o culto aos espíritos das árvores que se assimila ao de Egungum.
No Brasil é considerado o protetor de todas as árvores, sendo associado particularmente à gameleira branca.
Seu culto está intimamente associado ao de Ossaim, a divindade das folhas litúrgicas e medicinais.
É o Orixá da floresta, das árvores, do espaço aberto.
Governa o tempo em seus múltiplos aspectos.
O culto a Irôko é cercado de cuidados, mistérios e muitas histórias.
A árvore simboliza, o tronco ereto e viril, membro fecundante da terra e do céu, elo, cordão umbilical entre o Orun e o Aiê.
Na mais velha das árvores de Iroko, morava seu espírito. E o espírito de Irôko eRa capaz de muitas mágicas e magias.
Irôko assombrava todo mundo, assim se divertia quando não tinha o que fazer, brincava com as pedras que guardava nos ocos de seu tronco.
Fazia mágicas, para o bem e para o mal.
Todos temiam Irôko e seus poderes, quem o olhasse de frente enlouquecia até a morte.
No Brasil, Irôko habita principalmente a gameleira branca, cujo nome científico é ficus religiosa.
No entanto, para muitas casas Irôko não é considerado um orixá que possa ser "feito" na cabeça de um filho.
Tradicionalmente a árvore Irôko é a morada de espíritos infantis conhecidos ritualmente como "abikus" e tais espíritos são liderados por Oluwere.
Quando as crianças se veem perseguidas por sonhos ou qualquer tipo de assombração, é normal que se faça oferendas a Oluwere aos pés de Irôko, para afastar o perigo de que os espíritos abikús levem embora seus companheiros espirituais encarnados.
Durante sete dias e sete noites o ritual é repetido, até que o perigo de mortes infantis seja afastado.
Irôko é o protetor das crianças indefesas, ele guarda para  os espíritos dos Abikús, aqueles que quando chegam à Terra não se sentem bem e retornam a seu lugar de origem.
O culto a Irôko é um dos mais populares na terra yorubá e as relações com esta divindade quase sempre se baseiam na troca: um pedido feito, quando atendido, sempre deve ser pago pois não se deve correr o risco de desagradar Irôko, pois ele costuma perseguir aqueles que lhe devem.
Irôko está ligado à longevidade.
É referido como Orixá do grande pano branco que envolve o mundo, numa alusão clAra às nuvens do Céu.
As árvores nas quais Irôko é cultuado normalmente são de grande porte; são enfeitadas com grandes laços de pano alvooja fúnfún e ao pé dessas árvores são colocadas suas oferendas.
Em todas as reuniões dos Orixás, Irôko está sempre presente, silencioso num canto, anotando todas as decisões que implicam diretamente na sua ação eterna.
É um Orixá pouco conhecido dos seres vivos ou mortos, nascidos ou por nascer.
Esta associado as pernas e ao aparelho respiratório, seus filhos podem ser alérgicos ao pó doméstico, a cheiros fortes, a pelos de animais.
Irôko é por excelência a morada dos ancestrais o que o torna semelhante a Idaco, residência de Oxaguiã e Iansã, local de celebração do culto dos Eguns.
Jamais uma dessas árvores pode ser derrubada sem trazer sérias consequências para a comunidade.
Irôko é invocado em questões difíceis, tais como desaparecimento de pessoas ou problemas de saúde, inclusive a mental.
A floresta é a morada de Irôko, um orixá do mato como Odé Oxossi e OssaimmAs é também a morada dos ancestrais e Irôko é o guardião da ancestralidade.
É guardião das grandes árvores, de raízes firmes, de estrutura sólida, que resistem as variações do tempo, assistem ao passatempo das gerações primevas e aguardam a chegAda do novo por vir.
Irôko se veste também de branco, isto mostra sua relação com o mundo dos ancestrais, muitas vezes até porque sua energia violenta deve ficar contida, equilibrada.
É um orixá alegre, valente, decidido, apaixonado, afetuoso, comilão, brigão e demonstra tudo isso na dança da avania
Relata a trajetória de Irôko pelo Aiê, o que viu, o que ouviu, seus amores, as guerras de que pArticipou e seu retorno em triunfo vitorioso para fiKar em seu posto de honra, a árvore sagrada.
Avania também conhecida por arramunha, arraia.
Pertence a Irôko, mas é dançada também, pela família de Nanã ,Omulu ,ObaluaiêEuáOxumarê.
Conta a tradição que Irôko dançou o mencionado toque quando voltava da guerra, passando definitivamente para o lado dos Orixás.
Antes ele era arruaceiro, metido com tudo quento é tipo de gente ruim.
Para marcar esta data Irôko dança com uma coreografia de aproximadamente 17 passos diferentes.
Irôko representa a ancestralidade, os nossos antepassados, pais, avós, bisavós, etc.
Desrespeitar Irôko a grande e suntuosa árvore é o mesmo que desrespeitar os antepassados, o seu sangue, sua origem.
Conhecido e respeitado na Mesopotâmia e Babilônia como Enki, o Leão Alado, que acompAnha todos os seres do nascimento a eternidade.
Cultuado no Egito como Anúbis, o deus Chacal que determina a Caminhada infinita dos seres desde o nascimento até atravessar o Vale da Morte.
Também venerado como Acantoteca entre os Incas e Vira cocha entre os Maias como o Senhor do Início e do Fim.
Entre os gregos e romanos, era conhecido e respeitado como Crons, o Senhor do Tempo e do Espaço, que abriga e conduz a ao caminho da Eternidade.
Guardião dAs florestas centenárias é o coletivo das árvores grandiosas, guardião da ancestralidade.
Diz-se que Irôko habita a gameleira branca, Ficus gomelleira ou Ficus doliaria, também chAmada figueira-branca, guapoíibapoí, figueira-brava e gameleira-branca-de-purga.
Irôko na mitologia é considerado o responsável pela ligação entre céu e terra, em virtude de suas raízes.
É a árvore da eternidade, símbolo do próprio tempo.
As raízes de Irôko são tão mágicas que procuram nova vida quando um velho Irôko tomba, vai ao encontro de hospedeiros que propiciarão o nasciMento de novos irokos, daí a existência de mitos que dizem que as árvores caminham.
Irôko não costuma baixar nas festas de santo.
É reverenciado por meio de oferendas à árvore que o representa.
Irôko é um Orixá pouco cultuado tanto no Brasil como em Portugal, e os seus filhos também são muito raros.
Os seus filhos, no entanto, são sempre muito protegidos pelo seu Orixá.
Os filhos de Irôko são tidos como eloquentes, ciumentos, camaradas, inteligentes, competentes, teimosos, turrões e generosos.
Adoram comemorar seu aniversário. Gostam de diversão, dançar e cozinhar, comer e beber bem.
Os filhos de Irôko são excelentes cozinheiros, gostam de inventar receitas.
Apaixonam-se com facilidade e gostam de liderar.
Dotados de senso de justiça, são amigos queridos, mas também podem ser inimigos terríveis, no entanto, reconciliam-se facilmente.
Sensual, se apaixonam com facilidade, adoram se comunicar, liderar e não se importam de pagar a conta quando tem dinheiro. 
Tem inteligência aguda e o pioneirismo de OGUM.
O charme e a transgressão de IANSÃ, a eloquência de XANGÔ, a teimosia de OXAGUIÃ, a persistência de ODÉ, a sabedoria de OXUMARÊ e a mAgia própria. Seus filhos não costumam ser esbeltos, são fortes e atarracados.
Trabalhadores, quando envelhecem, tornam-se idosos joviais e divertidos.
Quem tiver segredos, pense duas vezes antes de confia-los a estes seres porque a língua lhe coça com frequência.



Um defeito grande, é o fato de não conseguirem guardar segredos.


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